Quinta do Medronheiro, Soutulho, 3510-744 São Cipriano, Viseu

A região

Dão Lafões

Dão–Lafões é uma sub-região estatística portuguesa, parte da Região Centro e, maioritariamente, do distrito de Viseu, se bem que também inclua um concelho do distrito da Guarda.

Limita a norte com o Tâmega e o Douro, a leste com a Beira Interior Norte e com a Serra da Estrela, a sul com a Pinhal Interior Norte e com o Baixo Mondego e a oeste com o Baixo Vouga e o Entre Douro e Vouga.

 Viseu é a sua principal cidade e sede com 68 000 habitantes, sendo a segunda maior e mais populosa cidade do centro de Portugal a seguir a Coimbra. Tem uma área de 3 483 km² e uma população de 290 951 habitantes (estimativa de 2009) e compreende 14 concelhos.

 

Viseu

História

Segundo a lenda da cidade, em pleno processo de Reconquista, um membro de um grupo de guerreiros chegado à cidade pelo lado oriental, onde se intersectam os rios Pavia e Dão, perguntou: «Que viso (vejo) eu?». Desta pergunta, nasceria o nome da cidade.

As origens de Viseu remontam à época castreja e, com a Romanização, ganhou grande importância, quiçá devido ao entroncamento de estradas romanas de cuja prova restam apenas os miliários

Estes miliários alinham-se num eixo que parece corresponder à estrada de Mérida (Espanha), que se intersectaria com a ligação Olissipo-Cale-Bracara, outros dois pólos bastante influentes. Talvez por esse motivo se possa justificar a edificação da estrutura defensiva octogonal, de dois quilómetros de perímetro — a Cava de Viriato.

Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Depois da ocupação romana na península, seguiu-se a elevação da cidade a sede de diocese, já em domínio visigótico, no século VI. No século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, como a maioria das povoações ibéricas e, durante a Reconquista da península, foi alvo de ataques e contra-ataques alternados entre cristãos e muçulmanos. De destacar a morte de D. Afonso V rei de Leão e Galiza no cerco a Viseu em 1027 morto por uma flecha oriunda da muralha árabe (cujos vestígios seguem a R. João Mendes, Largo de Santa Cristina e sobem pela R. Formosa). A reconquista definitiva caberia a Fernando Magno, rei de Leão e Castela depois de assassinar em 1037 o legítimo ReiBermudo III (filho de Afonso V) vencedor da batalha de Cesar em 1035 (segundo a crónica dos Godos).

 

Geografia

Viseu tem uma posição central em relação ao Distrito e ao Município, localizando-se no designado “Planalto de Viseu”.

É envolvida por um sistema montanhoso, constituído a norte pelas Serras de Leomil, Montemuro e Lapa, a noroeste a Serra do Arado, a sul e sudoeste as Serras da Estrela e Lousã, e a oeste a Serra que mais directamente influencia esta área, a do Caramulo. O município caracteriza-se por uma superfície irregular com altitudes compreendidas entre os 400 e os 700 m.

Situado numa zona de transição, o concelho apresenta um conjunto de microclimas. A Serra do Caramulo, localizada a oeste do Concelho, assume um papel de relevo em termos climáticos, ao atenuar as influências das massas de ar de oeste (embora o vale do Mondego facilite a sua penetração). Assim, o clima de Viseu caracteriza-se pela existência de elevadas amplitudes térmicas, com Invernos rigorosos e húmidos e verões quentes e secos.